Programação

Excursões

Excursão 1 - Geoturismo paleontológico urbano na Cidade Maravilhosa: A Paleontologia nas fachadas de edifícios históricos do centro do Rio de Janeiro

O centro histórico da cidade do Rio de Janeiro é um grande palco para práticas de Geoturismo paleontológico urbano. Seus edifícios, ricos em história e arquitetura, guardam não somente a história, como também o tempo geológico. Fósseis e rochas presentes nas fachadas das edificações históricas do Rio de Janeiro podem nos contar a história da vida pretérita das bacias sedimentares brasileiras e portuguesas, entrelaçadas pela história do Brasil e do Rio de Janeiro. Esta excursão de campo tem por objetivo apresentar o registro paleontológico presente nas fachadas de edificações históricas do Centro do Rio de Janeiro, revelando os fósseis ali identificados, sob os mais diferentes aspectos da Paleontologia (filogenia, evolução, anatomia, aspectos paleoambientais e paleoecológicos, tafonomia e paleobiogeografia). Além disso, aspectos relacionados à história do Brasil serão discutidos no decorrer do percurso de campo.

Data e horário: 07/10/2023, 09:00
Ponto de encontro: Museu do Amanhã
Valor para sócio SBG: R$ 35,00
Valor para não sócio: R$ 35,00
Vagas: 20
Necessário estar inscrito no Congresso: não
Ministrante(s):

Paleontólogo e Presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP; biênio 2022-2023). Possui graduação em Ciências Biológicas (2010) pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e Mestrado (2012) e Doutorado (2015) em Geologia (Paleontologia e Estratigrafia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É Professor Associado do Departamento de Estratigrafia e Paleontologia (DEPA) da Faculdade de Geologia (FGEL) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Coordenador Adjunto do Programa de Pós-graduação em Geociências (PPGG) da UERJ. Atualmente também ocupa o cargo de Diretor do Departamento de Extensão da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PR-3) da UERJ. Atua como Associate Editor dos periódicos Frontiers in Ecology and Evolution, Frontiers in Earth Science, Frontiers in Mammal Science, Anuário do Instituto de Geociências, Paleontologia em Destaque, entre outros, e como revisor ad hoc de periódicos importantes nas áreas de Geociências, Biodiversidade e Ciências Ambientais. Assessora órgãos de fomento à pesquisa científica no Brasil (CNPq, FAPERJ, FAPESP) e no exterior (NSF, USA; FonCyT, Argentina). É sócio da Sociedade Brasileira de Paleontologia (desde 2010) e da Sociedade Brasileira de Geologia (desde 2015), tendo ocupado nos últimos anos a presidência e/ou direção de seus núcleos regionais (RJ/ES). Integra os grupos de cooperação internacional “Taphonomy Working Group”, do International Council for Zooarcheology (Espanha), e “Rede BRASPOR” (Brasil-Portugal). É bolsista dos programas de Produtividade em Pesquisa (CNPq; Nível 1D), Jovem Cientista do Nosso Estado (FAPERJ) e Prociência (UERJ). Atua nas áreas de Paleontologia Estratigráfica (Geociências) e Paleozoologia (Ciências Biológicas), com interesse na compreensão dos processos de fossilização (Tafonomia) e em como eles afetam a qualidade das informações paleobiológicas e paleoecológicas durante a incorporação dos restos orgânicos ao registro sedimentar. Nesse sentido, tem atuado na disseminação da Tafonomia no Brasil a partir da publicação de artigos em periódicos científicos, cursos ministrados, orientações/coorientações e atuação como Professor Visitante em universidades brasileiras (UFRJ, UFS, UESB e UFPE). Adicionalmente, tem se dedicado ao estudo da interação entre os organismos e os substratos (Icnologia) em ambientes continentais. É líder do grupo de pesquisa “Taphonomy and Stratigraphic Paleobiology Research Group”, do CNPq.

Excursão 2 - Geologia da Ponta Negra-RJ: registros da história do supercontinente Gondwana

A Ponta Negra é uma feição geomorfológica proeminente no litoral norte do Rio de Janeiro que expõe de forma espetacular um pouco da história do Gondwana, desde sua formação no Cambriano até sua fragmentação no Cretáceo. São costões que adentram o oceano e mostram rochas metamórficas de alto grau intensamente deformadas. Na Ponta Negra aflora uma importante sutura que justapõe o Terreno Cabo Frio, composto por ortognaisses paleoproterozoicos da Unidade Região dos Lagos, ao Terreno Oriental, composto por paragnaisses do Grupo São Fidélis. Este contato por empurrão tem uma história deformacional e metamórfica polifásica que resultou em belos padrões de redobramento e por zonas de cisalhamento de baixo ângulo. Como registros da fragmentação do Gondwana pode-se observar diques de diabásio em excelentes exposições. Nesta excursão serão visitados afloramentos em costões relativamente íngremes com dificuldade média e que demandam de um mínimo preparo físico por parte dos participantes.

Data e horário: 07/10/2023, 07:00 às 18:00
Ponto de encontro: UERJ
Valor para sócio SBG: R$ 90,00
Valor para não sócio: R$ 120,00
Vagas: 15
Necessário estar inscrito no Congresso: sim
Ministrante(s):

Doutorou-se em Geociências (Geologia Regional) pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Rio Claro) em 2000 e sanduíche na Universidade de Mainz, Alemanha. Atualmente é professor associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde atua na pesquisa, ensino e extensão. Participa dos Grupos de Pesquisa “Geodiversidade e Memória da Terra” e “TEKTOS – Grupo de Pesquisa em Geotectônica da UERJ”, onde atua como lider. É também membro da equipe do Instituto GeoAtlantico (INCT-CNPq) desde sua criação em 2014. Atua nas áreas de Geologia Estrutural e Cartografia Geológica, sendo especialista em zonas de cisalhamento dúctil, milonitos e outras rochas de falhas. Especialista no controle tectônico de intrusões magmáticas e sedimentação. Tem trabalhado em orógenos precambrianos, especialmente no sudeste brasileiro (faixas Ribeira e Brasília) e em Bacias Sedimentares (Parnaíba, Santos, Campos e Espírito Santo), onde enfoca a tectônica formadora e deformadora dessas bacias. Atua em colaboração com pesquisadores de instituições nacionais e internacionais em correlações entre as margens conjugadas do Oceano Atlântico (Brasil, África e Portugal). Na Faculdade de Geologia da UERJ, coordena o LADE-Laboratório de Deformação Experimental, onde são realizadas pesquisas sobre deformação em materiais análogos à rochas nas escalas micro, meso e macro, simulando processos geológicos em escala. Também é o coordenador do LET-Laboratório de Estudos Tectônicos, desde sua criação em 1995, onde são armazenados todos os dados produzidos pelo Grupo Tektos e onde se realizam o tratamento destes dados e onde são produzidos diversos mapas temáticos. Dentre esses se destaca o Mapa Geológico e de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro, publicado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em 2016, entre outros.